É quase Natal!

Está frio...
Chove...
Os dias são pequenos...
É quase Natal.

Crescer faz perder a magia e isso é enervante.
Quando consciencializei que era quase Natal pensei que ainda não me apetecia... só consegui lembrar no que nesta época  me cria ansiedade. Comprar presentes!
Gosto de dar ...mas ...
Depois fiz a árvore de Natal com a minha filhota. Este ano esqueci-me do bom gosto e deixei  a Kikoricas pôr e dispor... parece a árvore de Natal do Ruca. .. mas oiço-me dizer ao papá:
- Está tradicional!!
Os castiçais combinam com a árvore...
A decoração da lareira da minha responsabilidade está discreta. A minha filha diz:
 - Não gosto nada disto... vamos pendurar-lhe uma bolas vermelhas!! Eu disfarço.
- Amanhã fazemos isso, hoje já é tarde. Para ver se esquece.
- Pró ano vou comprar uma árvore maior! disse eu. O papá torceu o nariz!
- Sim, que esta parece-me muito pequena.  E colocou-se ao pé dela para que não restassem dúvidas!
Como tu cresceste miúda... pois já é outra vez Natal!

Os segredos...

- Tens que me comprar um diário. Insistentemente a frase surgia.
- Para que quererá um diário? Recorrentemente eu pensava.
Ontem dissipou-se a dúvida.
- Mãe, tens mesmo de me comprar um diário...eu não aguento mais, a minha boca está "gorda" de segredos. Acompanhou a afirmação com o gesto de apertar a boca para ela ficar pequenina.
- Muito bem, amanhã resolvemos isso. - disse com voz de mãe, a não valorizar muito o assunto.Interiormente pensava o contrário. Lembro-me do meu diário e dos "segredos" que lá escrevi...ainda o tenho.
A vida, por vezes, distrai-nos do realmente importante. A minha filhota necessita de um diário para registar as descobertas da pré-adolescência (ponto) e hoje vou arranjar tempo para resolver o assunto.

Histórias do CRESCER!

Uma pequena sala do convento de Santa Clara aguardava-nos.
HORA DO CONTO!
Uma iniciativa da Biblioteca Municipal de Portalegre que se recomenda.
Hoje a história, escrita pela Luisa Dacosta, levou-nos a um planeta distante onde vivia um elefante cor-de-rosa.  
Por circunstâncias diversas o elefante tem de abandonar o seu planeta.
Apanha boleia na cauda de um cometa. Após uma conversa interessante entre os dois, o cometa diz-lhe que a Terra é um planeta pouco seguro para um elefante cor-de-rosa viver, mas se é seu desejo ficar, informa-o que o melhor sítio para morar será a imaginação de uma criança.
Muito resumida esta história deliciosa possibilitou muitas afirmações, por parte dos alunos. Aqui ficam algumas:

"Na imaginação de uma criança o elefante pode viver muitas aventuras...porque o menino pode inventar muitas histórias onde o elefante pode entrar."

"A imaginação de uma criança é um sítio muito bom porque nunca estamos sozinhos."

"A imaginação é o sítio do cérebro mais bonito, pode ter castelos, princesas e dragões bons e comilões."

"A imaginação pode meter medo, mas só quando está escuro e as pessoas pensam em vampiros."

"A imaginação é uma boa casa porque os meninos gostam de animais."

São assim as coisas que os meninos dizem...deliciosas e com muita imaginação!

Uma escolha ... para dialogar

O cão D.Pantaleão e o outro cão

Eu sou o cão Dom Pantaleão.
- E eu sou um cão apenas cão.

Tenho barbeiro e uma criada,
um casaco e uma almofada.
- Eu cá não tenho nada.

Tenho uma casa aquecida
boa cama e comida.
- Não é lá muito boa a minha vida.

Tenho sombrinha e cachecol,
luvas e chapéu mole.
- Eu cá tanto ando à chuva  como ao sol.

Tenho uma coleira amarela,
que parece uma estrela.
- Mas eu cá não gosto de trela.

José Barata Moura

TPC

Este sábado de Outono fui à escola. No final do dia, ficava sempre um bocadinho na escola a trabalhar...agora não tenho espaço. A sala da aula está ocupada até às 17h30m, depois necessita ser limpa e na escola  e não existem outros espaços. Então ou carreeeeeego com tudo para casa ou vou à escola. Felizmente a minha escola é perto e eu posso lá ir trabalhar, fazer os "papéis" que são cada vez mais na vida escolar, pelo menos na vida de uma professora do 1º ciclo.

Livro Aberto

Por entre o arco-íris o "Livro Aberto".
Foi um dos livros que me inspirou a infância.
Um manual diferente...as palavras de António Torrado e Maria Alberta Menéres.